O crescimento eminente da empresa e o desaparecimento de suas instalações em Talcahuano após o terremoto-tsunami que atingiu a costa chilena em 27 de Fevereiro de 2010 fizeram necessária a criação de um novo edifício corporativo capaz de integrar eficientemente as dependências da empresa que estavam, até agora, fisicamente desconectadas.
O projeto consistiu na criação de um edifício com simplicidade e eficiência como parâmetros de desenho, o que refletiu os princípios da empresa de acordo com seu contexto geográfico.
O edifício, localizado em um bairro industrial, consiste em um volume em L, consolidando a quina norte-oeste com uma construção de dois pavimentos e planta livre. A ausência de barreiras estende o espaço público. Assim, o edifício estabelece os limites. Um segundo volume é incorporado ao pátio, determinando uma área de estacionamento.
O edifício principal é elevado por uma base que nivela as diferenças do solo, destacando o acesso que acontece na intersecção dos dois volumes através de uma grande abertura e duas rampas que conectam os diferentes níveis. Ambos os edifícios são abertos para o lado nordeste com o intuito de aumentar a quantidade de luz natural e ganho de calor, dada à localização geográfica onde o clima é chuvoso e nublado na maior parte do ano.
O edifício incorpora ainda uma segunda pele de madeira que diminui o aquecimento e a entrada de luz durante o verão. A madeira foi pensada como o material predominante nos acabamentos externos e interiores, de forma a reconhecer que este é um dos elementos mais marcantes da arquitetura da região.